Como usar o livro Quarto de Despejo como alusão literária na redação?

#RecomendaçãoDoMago 

Alusão Literária

Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus

O livro “Quarto de Despejo”, de 1960, é uma obra de imensa importância na história da literatura brasileira. Ele foi escrito por Carolina Maria de Jesus, uma mulher negra, pobre e moradora, na época, da favela do Canindé, em São Paulo. Com o subtítulo “Diário de uma favelada”, Carolina narra no livro a difícil vida na periferia, sem acesso a serviços básicos e em constante luta pela sobrevivência.

       A autora conta sobre seu ganha-pão: catar papeis, latas, ferros e qualquer outra coisa que pudesse ser vendida para a reciclagem. Pela manhã, depois de cumprir suas funções domésticas, ela saía em busca do que conseguisse encontrar; a comida de cada dia dependia desse processo, pois o pouco que ela podia ganhar pagava a alimentação parca dela e de seus três filhos, de quem cuidava sozinha. Muitas vezes, precisavam ficar apenas com fubá, sopas de ossos de animais e pães duros; a carestia era tamanha que ela chega a afirmar: “para o pobre, é uma alegria o dia em que tem feijão”.

   Ela sofreu inúmeros preconceitos, por sua cor, sua pobreza e sua moradia. As pessoas que viviam em “casas de alvenaria” olhavam para os favelados com desprezo, e diversas vezes ela foi impedida de circular por ambientes por causa de sua etnia ou suas vestimentas. Quando contava aos outros que queria ser escritora, era recebida com zombarias – até, ao menos, a publicação do seu livro de estreia, que teve a primeira edição esgotada em uma semana.

O título da obra, “Quarto de Despejo”, é uma metáfora feita em relação à favela: segundo a autora, o restante da cidade eram os outros cômodos – o centro era a “sala de estar”, onde todos circulam e recebem visitas. No seu local de moradia, amontoava-se aquilo que ninguém quer ver, os trastes que deveriam ser jogados fora. Por lá, viveu em um barraco montado por ela mesma com tábuas de madeira que não oferecia proteção real ao frio nem à chuva; precisava sair para pegar água todas as manhãs pela ausência desse recurso encanado, e ainda sofria o risco de contrair alguma doença, como esquistossomose. Felizmente, com o dinheiro da venda do livro, conseguiu realizar seu maior sonho: ter uma casa própria.

  Quarto de despejo é uma obra fundamental, que pode ser usada em textos sobre variados temas: pobreza, moradia, segregação socioespacial, preconceito, saneamento básico, entre muitos outros. Vejamos, a seguir, um parágrafo sobre o tema “saneamento”:

Exemplo:

Além disso, a falta de saneamento coloca em risco as comunidades carentes desse direito. Como exemplo, pode-se citar o caso de Carolina Maria de Jesus, moradora da favela do Canindé na década de 1960 que, por meio do seu livro “Quarto de Despejo”, conta a situação precária em que vivia: o reservatório local estava contaminado pela esquistossomose, oferecendo riscos a todos. Contudo, não havia opção para os moradores, uma vez que não existia outra forma de conseguir água por perto. Assim, o tratamento desse recurso inestimável deve ser uma prioridade absoluta para preservar a integridade e a saúde de todos os brasileiros.

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