Autoria: Aluno Igor Simões
Concurso: Detran-SP
Nota: 10
Estilo: FCC
Introdução
De acordo com o filósofo Aristóteles, a cidade deve proporcionar condições necessárias para que seus habitantes tenham uma vida feliz e virtuosa (apresentação). Nessa perspectiva, o exercício da cidadania de maneira exitosa tem relação intrínseca com as políticas públicas que visem dispor aos indivíduos o direito à cidade em sua integralidade. Contudo, essas ainda sem mostram bastante deficitárias em combater a segregação socioespacial, uma vez que falham em promover acesso e boa qualidade aos itens básicos de locomoção com conforto e fluidez a todos os grupos sociais. (Tese mais menção de tópicos).
Argumento I
Em primeira análise (conectivo), é indubitável a dificuldade estatal em equilibrar a utilização do espaço urbano devido a cultural “carrocentrista” da sociedade hodierna (tópico frasal). Nesse contexto, são realizados massivos investimentos rodovias à medida que as outras modalidades são negligenciadas o que tem por corolário exaustivos e estressantes congestionamentos, enquanto a malha ferroviária é insuficiente, o transporte público precário e as ciclovias, praticamente, inexistem. Assim, esse desequilíbrio proveniente dos paupérrimos planos diretores elaborados por governantes incapacitados reflete nos direitos constitucionais dos indivíduos, como lazer e descanso. Haja visto que segundo dados do IPEA, os brasileiros das grandes cidades perdem quase 3 horas nos engarrafamentos entre casa e trabalho, cerca de 36 horas por ano, tempo primordial que poderia ser convertido em momentos com a família, atividades de lazer, práticas esportivas e repouso. (Fundamentação com diversos recursos argumentativos: exemplificação, causas e consequências e dados estatísticos).
Argumento II
Ademais (conectivo), esse fenômeno cataclísmico do foco extremo motorizado acarreta condições precárias das calçadas, o que por sua vez dificulta ou até mesmo impede o deslocamento autônomo daqueles que são deficientes (ideia central). Com isso, para essas pessoas locomoverem-se pela cidade torna-se uma verdadeira epopeia, visto que os passeios são deveras irregulares, não possuem condições de acessibilidade, não há piso tátil orientador para cegos. Desse modo, essa falta de alteridade às necessidades alheias impossibilita que esses acessem todos os espaços públicos, o que resulta em exclusão social. (Fundamentação a partir do recurso argumentativo da exemplificação). Tal realidade atenta contra a dignidade humana e expõe a falta de engajamento do Estado em prover a felicidade do homem através de serviços públicos qualitativos. (Conclusão do parágrafo).
Conclusão
Dessarte, diante do exposto (conectivo), infere-se que a mobilidade urbana não é só o fluir do trânsito, mas também o uso democrático do espaço urbano pelos diversos meios de locomoção, com inclusão social das pessoas com deficiência através da implementação de políticas públicas, além de priorizar os pedestres. Dessa forma, é mister que haja total empenho dos aparelhos estatais a fim de mitigar a segregação socioespacial que impacta diretamente a qualidade de vida dos cidadãos ao ferir fulcrais direitos constitucionais e limitar o exercício da cidadania. (A Conclusão mesclou considerações das ideias centrais e proposta de solução).
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