Modelo de Redação | Enem: Acesso à saúde como direito essencial para o exercício da cidadania no Brasil

Modelo de Redação | Enem 

Tema: Acesso à saúde como direito essencial para o exercício da cidadania no Brasil?

Autoria: Prof. Waldyr Imbroisi

Introdução

A Grécia Antiga foi o berço de diversos saberes e ciências fundamentais para o mundo ocidental. Entre elas, destaca-se a medicina, desenvolvida formalmente pela primeira vez por Hipócrates, o qual foi capaz de compreender com clareza quais compostos eram capazes de tratar as enfermidades que assolavam a população naquela época. Hoje, tais conhecimentos são essenciais para a garantia da qualidade de vida e a longevidade; entretanto, eles não são plenamente aproveitados pelos brasileiros, seja por causa da falta de conhecimentos da população sobre o próprio corpo, seja pelo insuficiente gasto governamental voltado para a saúde coletiva.

Argumento I 

Em primeira análise, pode-se perceber que os brasileiros carecem de informações suficientes para preservar o bem-estar individual. Nesse aspecto, a prevenção de moléstias e condições patológicas crônicas não é realizada como deveria, contrariando a afirmação do filósofo francês Michel Foucault. Segundo ele, é fundamental que cada pessoa tenha saberes basilares para a promoção do “cuidado de si”, conceito definido como a capacidade para garantir condições salutares ao corpo de forma autônoma. Longe de dispensar a medicina, tal perspectiva inclui o sujeito enquanto agente nos processos de prevenção e cura, exigindo conhecimentos diversos. Com isso, os saberes em saúde podem garantir a profilaxia de enfermidades e a percepção da necessidade de buscar ajuda profissional.

Argumento 2

Além disso, observa-se extrema falta de atenção dos governos às dificuldades enfrentadas pelo SUS. O número reduzido de leitos de internação, a carência de materiais de trabalho e a demora na liberação de procedimentos são sinais inequívocos de que o investimento repassado à saúde não é compatível com as demandas da população, nem com a proposta de universalidade e integralidade que pauta o setor no Brasil. Nessa perspectiva, a situação se agravou com a aprovação da chamada “PEC do Teto de Gastos”, que limitou o investimento do governo em diversos setores relacionados ao bem-estar social. Por isso, se não houver mudança nas diretrizes do Estado, a promoção da saúde coletiva jamais será plenamente alcançada.

Conclusão

Portanto, ações voltadas a ampliar o conhecimento da população e a reorganizar o orçamento nacional devem ser colocadas em prática. Nesse sentido, o Ministério da Educação, aliado ao Ministério da Saúde, deve incluir na grade escolar saberes relacionados ao cuidado de si, por meio de abordagem interdisciplinar, pautada em rodas de conversa e palestras, que inclua profissionais como médicos, enfermeiros e psicólogos, a fim de despertar os conhecimentos necessários para a autonomia dos indivíduos na promoção do bem-estar pessoal, corroborando, desse modo, a perspectiva de Foucault. Ademais, cabe ao Congresso Nacional ampliar o gasto em saúde por meio de uma nova emenda constitucional, que altere os efeitos da “PEC do Teto de Gastos”, garantindo recursos para a maior prioridade da nação e o cumprimento dos princípios norteadores do SUS. Assim, o legado de Hipócrates poderá ser estendido a todo brasileiro.

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