O Mago da Redação fez uma aula especial sobre a série ADOLESCÊNCIA, da Netflix, mostrando como usá-la como alusão cinematográfica para diversos temas de redação.
Modelo de Redação usando a série ADOLESCÊNCIA como repertório
De acordo com
Sigmund Freud, a infância e a adolescência compreendem um período de formação
da personalidade, de modo que são relevantes os esforços para proteger os
menores ao longo dessa fase. Contudo, o uso não supervisionado da internet, pretensamente
seguro, tem o potencial de gerar graves efeitos negativos aos menores em
decorrência de uma cultura digital marcadamente inadequada para a juventude e
inclinada à radicalização.
Em primeiro plano, a presunção dos pais de que os filhos estão seguros com
computadores e celulares é totalmente falsa. Nesse sentido, o psicólogo
Jonathan Haidt, estudioso da popularização do “smartphone” entre crianças e
adolescentes, afirma que, nas últimas décadas, houve crescente restrição da
liberdade dos mais novos. Como consequência, o tempo gasto com atividades não
supervisionadas foi transferido para o uso de dispositivos eletrônicos, os
quais geram a impressão de segurança, uma vez que os jovens os acessam sob o
próprio teto. Contudo, Haidt destaca que a cultura digital naturaliza conteúdos
inadequados para menores, desde violência explícita até pornografia, o que pode
causar danos ao desenvolvimento infanto-juvenil.
Além disso, a formação de opiniões extremas é favorecida em ambientes virtuais.
A esse respeito, a recente série “Adolescência”, da Netflix, retrata como
meninos têm se envolvido com discursos misóginos em redes sem qualquer
moderação, nas quais as mulheres são vistas como perversas, interesseiras e
culpadas pelo sofrimento dos homens. Com isso, a radicalização da percepção do
personagem principal, Jamie, culmina em um ataque a uma menina de seu colégio
usando uma faca, ressaltando os potenciais riscos da participação não
supervisionada de adolescentes em culturas digitais perniciosas. Isso
mostra a importância de uma educação, tanto familiar como escolar, de como usar
a tecnologia de forma positiva e construtiva.
Portanto, resta claro que os mais novos devem ser protegidos do mundo virtual.
Somente com supervisão adequada é possível viabilizar que crianças e
adolescentes aproveitem a cultura digital sem colocar em risco o seu
desenvolvimento.