Os Bruxões do ENEM na área com um modelo de redação maroto sobre A população em situação de rua.
Sugerimos que o aluno faça uma redação sobre o tema e depois compare com a que nós fizemos. Observe a estrutura e os repertórios utilizados.
Vamos com tudo!
População em situação de rua no Brasil: como garantir dignidade a esse grupo marginalizado?
Segundo o filósofo iluminista Immanuel Kant, a dignidade é uma prerrogativa inerente à vida, devendo ser sempre respeitada. A partir da perspectiva do pensador, estabeleceram—se diversos direitos reunidos sob o rol da dignidade humana, entre os quais se encontra um lar para se abrigar. Entretanto, no Brasil contemporâneo, observa-se que centenas de milhares de pessoas estão desprovidas dessa e de outras garantias legais por estarem em situação de rua, vivendo em condições precárias em decorrência do descaso do poder público e dependendo da solidariedade para conseguirem o básico para a sobrevivência.
De fato, o Estado submete a população de rua ao esquecimento. Tal percepção pode ser depreendida ao se observar a ausência de programas específicos destinados a esse público, o qual se encontra abandonado à própria sorte no que se refere às suas necessidades de alimentação e de abrigo. Desse modo, pode-se dizer que as cerca de 281 mil pessoas desprovidas da dignidade de um teto, conforme estimativa mais recente do Ipea, formam um grupo francamente marginalizado pelo poder público e dependente de ações solidárias organizadas pela sociedade civil.
Por causa disso, atitudes empáticas de acolhimento fazem a diferença para a comunidade desabrigada. Nesse contexto, destaca-se a atuação do Padre Júlio Lancelotti, presbítero paulista que se destaca há décadas por seu trabalho social voltado para pessoas marginalizadas, em especial, a população em situação de rua. Com efeito, em tempos de crise econômica e social, a ação individual, como exercida por Lancelotti, é fundamental para minorar a degradação em que se inserem os que não possuem um teto. Porém, dada a extensão do problema, tais atitudes não são suficientes para o provimento dos direitos básicos a todos.
Portanto, a fim de que a dignidade defendida por Kant seja estendida a todos os habitantes do país, é preciso que o Estado assuma sua responsabilidade com a população de rua e os cidadãos despertem a solidariedade em relação a esse grupo. Desse modo, o governo deve prover abrigo aos desprovidos desse direito, por meio da criação de moradias sociais, definidas pela arquiteta Raquel Rolnik como espaços de habitação temporária, custeados pelo Estado, a fim de que todos recebam proteção mínima da União. Além disso, as mídias devem realizar campanhas de sensibilização, que despertem na população a importância de amparar os moradores de rua.
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