Na contemporaneidade, a imagem assumiu papel preponderante na construção de sentidos e da identidade dos indivíduos. Desde o nascimento da fotografia, em que a realidade passou a ser registrada com precisão jamais imaginada até então, até o presente momento, em que a produção de fotos e “selfies” se tornou um imperativo das redes sociais, é possível assistir a um processo de prevalência das construções imagéticas.
De fato, o surgimento da fotografia enquanto forma de arte abriu fronteiras ainda não exploradas, conforme assevera o filósofo Walter Benjamin. Segundo o autor, no ensaio “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”, as imagens feiras pelas câmeras passaram a não apenas retratar a realidade, mas também a modificá-la de acordo com preferências estéticas, colocando o escopo imagético como parte fundamental da produção de novos sentidos.
Além disso, com a democratização digital e a expansão das redes sociais, as imagens passaram a ser, para alguns, mais importantes do que a própria realidade. Tal reflexão é embasada pelo pensamento do filósofo francês Guy Debord, o qual afirma, na obra “Sociedade do Espetáculo”, que o “parecer” assumiu prevalência sobre o “ser” e o “ter” a partir do momento em que cada um passou a poder produzir um “espetáculo” da própria vida, exemplificado nas selfies e imagens postadas com recorrência nas redes sociais.
Portanto, é possível concluir que vivemos em um período de prevalência da produção de sentido imagético, o qual é prioritário na construção de uma identidade pessoal demonstrada aos outros pelas redes sociais. Nesse contexto, cumpre a reflexão pessoal de cada indivíduo no estabelecimento de limites para essa prática, a fim de que o “parecer” não se sobreponha ao “ser”.
Aprofundando…
Na introdução, apresentei o tema a ser discutido, apontando a imagem como importante na produção de sentidos e na construção da identidade hoje. Faço referência ao nascimento da fotografia e à difusão das redes sociais como elementos que alavancaram esse processo.
No primeiro argumento (segundo parágrafo), discuto especificamente como a fotografia transformou o processo de reprodução da realidade, baseando-me na obra de Walter Benjamin, filósofo membro da Escola de Frankfurt e um dos primeiros a refletir sobre a questão da imagem e da fotografia. Dialogo, com isso, com o texto motivador disponibilizado pela banca, de autoria de Susan Sontag.
No segundo argumento (terceiro parágrafo), aponto a hipertrofia das imagens na contemporaneidade como produtoras de sentido e da identidade pessoal, a partir da ótica do espetáculo, que passa a poder ser produzido por qualquer pessoa nas redes sociais. Para fundamentar meu argumento, lanço mão do pensamento de Guy Debord, filósofo francês,
Por fim, na conclusão, retomo as discussões desenvolvidas e discuto a necessidade de cada um refletir sobre o processo de construção de imagens pessoais, para que não haja sobreposição do “parecer” sobre o “ser”.
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