A redação dessa semana é de autoria de uma aluna do curso, a Erlane Valor, nota 9,5/10 em um concurso na área de Educação da UFPA.
O tema dela foi sobre a cobrança de mensalidades em universidades. Veja abaixo como ela organizou a redação dela:
Introdução
O acesso à universidade pública gratuita é direito fundamental de todos – independente de condição social, sendo imprescindível para formação do cidadão. Nesse sentido, é necessário uma análise acerca da importância da democratização do ensino superior como um instrumento de combate às desigualdades e como mecanismo de suma relevância para a promoção do princípio da isonomia no âmbito acadêmico.
Argumento I
Inicialmente, cabe destacar que de acordo com o entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal (STF) viola frontalmente a Constituição Federal de 1988 a cobrança de mensalidades nas universidades públicas. Nesse contexto, a cobrança de valores como forma de acesso ao ensino superior representa um significativo retrocesso social, tendo em vista que a democratização da educação é uma conquista da sociedade brasileira.
Argumento II
Dentro dessa perspectiva, o educador Anísio Teixeira se destaca como importante defensor do acesso à educação superior independente de origem, raça, sexo e condição social. Segundo o mesmo, o Brasil para se tornar um Estado democrático necessita investir na máquina que prepara para as democracias, sendo que essa máquina é a educação. Cumpre salientar, que o antropólogo da educação Darcy Ribeiro também defende o acesso à educação superior gratuita como instrumento de combate às desigualdades.
Argumento III
Outrossim, de acordo com o economista inglês John Lewis – do jornal “The Economist” – a educação superior não deve ser vista como despesa, mas como investimento com retorno garantido. Logo, a tentativa de transferir ao educando a despesa que é dever estatal configura uma afronta à garantia dos cidadãos do direito social de acesso à educação.
Conclusão
Fica claro, portanto, que o acesso à universidade pública gratuita é um direito fundamental e independe de condições sociais. É necessário que o Poder Público respeite a Carta Suprema e passe a olhar para as instituições públicas de ensino superior como um investimento e importante fator de transformações para a sociedade brasileira, pois, segundo Paulo Freire, a educação sozinha não muda um país, mas nenhum país muda sem a educação.
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