Redação Pronta Estilo FCC: a normalidade própria a nosso tempo é a doença
Autoria: Emanuele Amorim
Nota 95 no TRT9
Introdução
A Constituição Federal elenca direitos fundamentais com o fito de proporcionar a pacificação dignidade humana nas relações sociais, na linha do estabelecido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos após as atrocidades cometidas na Segunda Guerra Mundial. Apesar disso, a existência da sociedade atual, dissociada do desenvolvimento sustentável, é pautada na ideia de sofrimento, manifestado, em especial, pelo adoecimento social causado pela necessidade contínua de superexposição dos indivíduos e de negação do ócio.
Argumento I
Em primeiro lugar, cabe ressaltar que, na era da comunicação digital, o capitalismo incentiva uma superexposição dos indivíduos nas redes sociais. Nesse contexto, Guy Debord identifica a marca da “sociedade do espetáculo”, na qual os sujeitos tendem a expor suas vidas exageradamente, em busca da aceitação alheia. Como consequência de um comportamento que valoriza o supérfluo e a comparação entre as pessoas, semelhante ao ilustrado por Oscar Wilde em “O Retrato de Dorian Gray”, tem-se identificado o adoecimento da sociedade atual, emergindo, dentro os principais males do século, doenças psiquiátricas, como ansiedade e depressão, conforme dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde. Inclusive, o Brasil possui níveis preocupantes nesse ponto, ocupando 38º lugar no “Ranking da Felicidade” da Organização das Nações Unidas.
Argumento II
Além disso, a sociedade pós-moderna é fundada na forte negação do ócio. Nesse cenário, Byung Chul-Han relata a presença da “sociedade do desempenho”, que exige que os sujeitos sejam cada vez mais produtivos, especialmente em âmbito profissional, o que prejudica o gozo de direitos fundamentais necessários a todos, como o lazer. Como resultado da falta de desconexão do labor, os indivíduos adoecem, o que leva à “sociedade do cansaço”, com altos índices de doenças ligadas ao trabalho, a exemplo da Síndrome de “Burnout”. Embora haja um movimento “anti-trabalho” em alguns países como reação a essa cobrança excessiva, a sociedade, em geral, ainda força os sujeitos a perseguirem, incessantemente, padrões irreais de metas e de desempenho profissional.
Conclusão
Sendo assim, nos tempos atuais, a sociedade adoecida, causa um estado de sofrimento aos seus membros. O maior desafio, nesse quadro, é a tomada de consciÊncia da coletividade no enfrentamento dessa mazela, pois a banalização do mal torna normal, aos olhos da maioria, aquilo que deveria ser alvo de preocupação.
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No TRT9, tirou 95.00
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