Introdução
No Brasil, notadamente os seus grandes centros urbanos, há um problema social preocupante, o agrupamento de pessoas dependentes de drogas ilegais. Essa questão social, apesar de complexa, necessita ser combatida pelo Estado com a superação do senso comum de política de “guerra às drogas” e estigmatização desses agrupamentos de usuários através de políticas públicas de saúde e reintegração social desses indivíduos.
Argumento I
Inicialmente, o senso comum tem sido aplicado por muitos anos na fracassada tentativa de combater a formação desses agrupamentos. Como exemplo, temos o que aconteceu na gestão do governador João Dória, em São Paulo, que, pela força policial, tentou expulsar os usuários da “cracolândia” e o resultado foi a ocupação desses agrupamentos por toda a cidade da capital, causando caos social por onde passavam.
Argumento 2
Em segundo lugar, há medidas mais efetivas, baseadas em evidências científicas, de especialistas em tal problema, que podem reduzi-lo ou até solucioná-lo. Como diria Michel Foucault, “conhecimento é poder” e a aplicação dessas medicas, quais sejam, políticas de redução de danos, as quais garantem a minimização dos efeitos das drogas e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, e de políticas de reintegração social, com programas de profissionalização e reestruturação do núcleo familiar, só então teria-se o início da resolução desse problema.
Conclusão
Portanto, em consequência da superação da atuação estatal baseada em senso comum, a qual só estigmatiza esses agrupamentos. Também, da correta aplicação de políticas públicas baseadas em evidências científicas, que tratam o homem, como diria Kant, “como um fim em si mesmo”, estará o Estado brasileiro mais próximo de solucionar a mazela social desses agrupamentos de usuários de drogas.
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